Conhece-te a ti mesmo

23 de fev. de 2018

Você conhece todas as oito fases da Lua?

Todos sabem que as fases da Lua são Nova, Crescente, Cheia e Minguante, não é mesmo? Entretanto, nem todo mundo sabe que essas são apenas as quatro etapas principais do ciclo lunar — que tem duração de mais ou menos 29,5 dias. Na verdade, existem oito fases no total, que marcam a variação da porção iluminada do satélite visível aqui da Terra, dando a impressão de que a Lua “muda” de formato no decorrer do ciclo. Confira a seguir quais são todas elas:

1ª Fase: Lua Nova
Imagem de EarthSky

A Lua Nova ocorre quando o satélite se encontra posicionado entre o Sol e a Terra, e os três astros ficam mais ou menos alinhados. Nessa etapa do ciclo, apenas a face posterior da Lua — aquela que não fica voltada para nós — recebe a luz solar e, portanto, ela não fica visível aqui do nosso planeta.




2ª Fase: Lua Crescente
Imagem de Time and Date
Também conhecida como Crescente Côncava, essa etapa representa a transição entre Lua Nova e a Quarto Crescente, isto é, a 3ª fase do ciclo lunar. No início desse período, a porção visível do satélite parece apenas uma “unha” no céu noturno e vai aumentando gradativamente até que 34% da superfície lunar podem ser vistos da Terra.


3ª Fase: Quarto Crescente
Imagem de Universe Today

Em sua fase Quarto Crescente, a Lua se encontra em um ângulo de 90 graus com relação ao Sol e à Terra e, portanto, metade dela pode ser observada aqui do planeta.






4ª Fase: Crescente Gibosa
Imagem da BBC

Esta fase também é conhecida como Lua Crescente Convexa e é marcada pela transição da etapa Quarto Crescente para a Cheia. Isso significa que o que vemos é uma porção cada vez maior do satélite se tornando iluminada no céu noturno.




5ª Fase: Lua Cheia
Imagem da NASA/Robert Gendler

A Lua Cheia corresponde ao oposto da Lua Nova, ou seja, nessa fase, o satélite se encontra no lado oposto da Terra com relação ao Sol, e toda a face iluminada pode ser observada claramente aqui do nosso planeta.





6ª Fase: Minguante Gibosa
Imagem de Time and Date

Também chamada de Minguante Convexa, essa etapa do ciclo, como você já deve ter deduzido, marca a transição da Lua Cheia para a Quarto Minguante, portanto é quando o satélite começa a ficar gradualmente menos iluminado. Aliás, na fase Minguante Gibosa a porção visível da Lua corresponde à oposta da fase Crescente Gibosa.



7ª Fase: Quarto Minguante
Imagem de Astrosurf


Quando a Lua chega nessa fase do ciclo, por conta de seu posicionamento com relação à Terra e ao Sol, metade dela fica visível no céu noturno — e, sim, essa etapa corresponde ao oposto da Quarto Crescente.









8ª Fase: Lua Minguante
Imagem de Moonglow Jewlery
Outro nome para essa fase é Minguante Côncava, e ela se caracteriza pela etapa em que a porção visível da Lua vai se tornando gradualmente menor — até que parecer desaparecer completamente no céu noturno, dando início ao ciclo lunar novamente com a Lua Nova.



Curiosidades interessantes
  • É possível que em um mesmo mês ocorram duas Luas Cheias e, nesse caso, a segunda ocorrência recebe o nome de Lua Azul.
  • Apesar de parecer complicado, é possível diferenciar a fase Minguante da Crescente: se o satélite estiver visível à tarde, isso significa que ele está na etapa Crescente; se estiver visível pela manhã, é Minguante.
  • Outra forma de distinguir as duas fases é observar o lado da borda iluminada: se ele apontar para o oeste, se trata da Lua Crescente; para o leste, Minguante.
  • As fases da Lua são observadas de maneira invertida no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul. Elas ocorrem em forma de “espelho” nos dois hemisférios, o que significa que, enquanto nas primeiras quatro etapas, quem observa a Lua do sul vê as porções iluminadas à esquerda, o pessoal que se encontra no norte vê as regiões iluminadas à direita.

Fontes
Texto de Maria Luciana Rincón, 
publicado originalmente em
https://www.megacurioso.com.br

15 de fev. de 2018

Da natureza, ciclos e efeitos dos eclipses - Parte I

Neste artigo a astróloga Maria Eunice Sousa discorre sobre as dinâmicas dos eclipses e seus significados astrológicos, além da astronomia dos eclipses.
Por ser bastante extenso e técnico na sua primeira metade, resolvi dividi-lo em três partes, todas numeradas e interligadas, para facilitar a leitura.
Quem tem interesse no entendimento Astronômico e Histórico pode aproveitar essa primeira parte.
Na Parte II é focado o estudo das Séries Saros e a frequência dos eclipses.
Os interessados apenas nos significados astrológicos podem ir direto para a Parte III.
Para ler na íntegra pode ir direto para o site Astrologia Psicológica onde, inclusive, estão as fontes de pesquisa utilizadas pela autora.

Birth Chart Painting – Eclipse Lunar – Reprodução

Na antiguidade os eclipses eram vistos com muito pavor. Acreditava-se que os astros, no caso, o Sol e a Lua, eram devorados por um monstro terrível, ou ainda que  eram vítimas de um malefício misterioso que os levaria à morte, do qual seriam libertados apenas por muito barulho, especialmente quando a Lua adquiria a tonalidade vermelha, o que se acreditava ser seu sangue jorrando. Assim, sociedades primitivas de vários lugares do planeta organizavam as algazarras ou alaridos. A finalidade era assustar o monstro devorador pra obrigá-lo a largar sua presa. De modo geral, os eclipses costumavam ser responsabilizados por epidemias, doenças e toda a sorte de maldições, até mesmo casos de incesto. O certo era que esperavam-se pragas e moléstias diversas na esteira de um eclipse.

Mas imagine um Eclipse Total do Sol: o dia de repente vira noite, a temperatura cai drasticamente, os animais se recolhem como se de fato fosse noite… Se parece bizarro e assombroso para nós, que já temos tanto conhecimento a respeito do fenômeno, imagine para os povos antigos que não sabiam o que estava acontecendo de fato. Era realmente assustador, pavoroso. Há relatos, inclusive, de eclipses terem parado guerras, pois ambos os exércitos em pleno campo de batalha não sabiam o que se passava na natureza e podem ter visto o fenômeno como um sinal dos céus para pararem o conflito.

O explorador espanhol Don Juan descreveu o desespero peruano durante um eclipse em sua "Viagem História de L'Amerique Meridionale".
Fonte: The Philadelphia Print Shop Ltd.
eclipse milky way
Nasa – Reprodução
Hoje, o homem moderno já não teme que o sol vá ser engolido por um demônio ou acometido de algo maligno. Ficamos mais inteligentes, mais sabidos e rimo-nos das “bobagens” dos povos primitivos de outrora. Uma pena. Uma pena que perdemos a capacidade de nos maravilharmos com esses acontecimentos que hoje são explicados cientificamente. A aparente bobagem e crendice dos antigos escondia uma certa sabedoria, aquela que se alcança quando se viveu o bastante para observar muitas vezes os ciclos da vida e da natureza. Sabidos que somos não podemos dizer que os eclipses “causam” o que quer que seja ao homem aqui na terra, mas astrologicamente eclipses simbolizam momentos únicos e especiais, funcionando como gatilhos que disparam ou precipitam situações que vinham sendo evitadas ou cozinhadas em fogo lento, especialmente em termos coletivos, como situações políticas e econômicas, ou mesmo simbolizando o desenvolvimento de áreas do conhecimento humano – sim, os eclipses também podem significar e simbolizar coisas boas!

Mas o que são eclipses?

Tecnicamente um eclipse acontece quando um corpo celeste é ocultado por outro. Assim eclipses podem envolver corpos celestes diversos, mas aqui vamos falar especificamente dos eclipses solares e lunares, que são os que têm mais impacto na Terra e que são objeto de estudo na Astrologia. Neste contexto, Eclipses são lunações elevadas à máxima potência, uma vez que ocorrem na Lua Nova ou na Lua Cheia.

Um eclipse ocorre quando a Lua Nova ou Cheia acontece próxima ao eixo dos nodos lunares, que são pontos matemáticos ou imaginários, os pontos onde a órbita da Lua ao redor da Terra cruza com a eclíptica, o caminho aparente do Sol, ou seja, a órbita da Terra ao redor do Sol. A Eclíptica recebe esse nome exatamente porque os eclipses ocorrem quando a Lua está muito próxima do plano que contém a eclíptica.


Os nodos, nódulos ou nós lunares são dois, Norte e Sul e formam um eixo porque estão exatamente opostos – na verdade, todos os planetas têm nodos, os pontos onde o planeta cruza o plano estendido da órbita de outro planeta, mas aqui o que nos interessa é apenas os nodos da Lua. O símbolo do Nodo Norte parece uma ferradura e o do Nodo Sul lembra uma ferradura invertida. Eles têm sido
Ilustração esquemática dos Nodos – Reprodução
observados pelos astrônomos há muitos séculos, desde quando as observações astronômicas começaram no mundo, porque sempre que o Sol fica próximo a eles no seu caminho aparente ao redor da Terra, as lunações também são eclipses.

O Nodo Norte é o ponto onde a Lua cruza a eclíptica ascendendo do Sul para o Norte, e o Nodo Sul é o ponto inverso, quando a Lua descende do Norte para o Sul. Se o plano da eclíptica fosse exatamente igual ao plano da órbita da Lua, teríamos eclipses em todas as luas novas e em todas as luas cheias. Isso não acontece devido à inclinação da órbita da Lua em relação à eclíptica, que é de cerca de cinco graus e é por isso que um eclipse pode se dar somente quando a Lua nova ou cheia acontece próxima ao eixo nodal, estando o Sol ou a Lua, ou ambos, conjuntos ao Nodo Norte ou Nodo Sul.

Etimologia

A palavra “eclipse” é derivada do termo grego antigo ἔκλειψις (ékleipsis), do verbo ἐκλείπω (ekleípō), "deixar para trás", uma combinação do prefixo ἐκ- (ek-), das preposições ἐκ, ἐξ (ek, ex), "fora", e o verbo λείπω (leípō), "deixar" (minha humilde contribuição para o texto).
Para muitos significa desaparecer, ocultar, abandonar, sair de um lugar, aquilo que falta.
Sua etimologia já aponta para a forte impressão emocional que causa, pois estas palavras têm significado marcantes em todas as culturas.

Tipos de eclipses

Os eclipses podem ser solares, quando acontecem na Lua Nova; ou lunares, quando acontecem na Lua Cheia, tendo a partir dessa classificação inicial outras classificações que veremos abaixo.

Embora o diâmetro do Sol seja 400 vezes maior do que o da Lua, a Lua parece ter o mesmo tamanho do Sol quando vista da Terra, devido ao fato de estar a uma distância menor da Terra. Portanto, a Lua tem o potencial de bloquear a luz do Sol quando passa sobre a sua face” (John Green)  – o fato de eles parecerem ter o mesmo tamanho é bastante significativo simbolicamente, porque nos alerta o quanto ambos são igualmente importantes para a vida na terra e para a vida psíquica do ser humano.

Mecânica dos Eclipses Solares e Lunares – Fsogumo, do Wikipedia – Reprodução
Um Eclipse Solar só pode ocorrer durante uma Lua Nova, quando a Lua e o Sol estão em conjunção e próximos a um dos nodos, ou seja, quando ambos se alinham ao centro da Terra em longitude e latitude celestiais. Obviamente, os eclipses solares são visíveis na região do globo em que eles acontecem durante o dia – não necessariamente em toda a região onde é dia – enquanto os eclipses lunares podem ser avistados nas regiões onde o eclipse acontece no período noturno. Christine Arens, astróloga americana e grande pesquisadora de eclipses, diz que os efeitos de um eclipse serão sentidos mais intensamente, tanto em termos coletivos quanto individuais, nos locais em que ele é visível. “Se você pode ver, você será afetado”, diz ela. Isso se aplica particularmente aos países em que o eclipse é visível. Ela vai além e diz ainda que “num eclipse há uma tal intensificação da energia que todo ser que possua um campo bioenergético é afetado” – então, estamos falando também de animal e vegetal, e possivelmente, mineral.

A magnitude de um eclipse depende da distância dos luminares em relação à Terra e consequentemente, em relação aos nodos. Como a distância da Lua em relação à Terra não é constante e varia em torno de 10%, a sombra da Lua, ou “umbra” nem sempre alcança a superfície da Terra e esse fato dá origem aos vários tipos de eclipses solares:

Daniel Lynch – Eclipse Total do Sol
29/03/2006 visto da Líbia

Eclipse Total do Sol – A Lua fica entre a Terra e o Sol. Ocorre quando a Lua está em seu perigeu, ou seja , a menor distância da Terra e parecendo maior do ponto de vista geocêntrico. Neste caso, ela pode cobrir completamente o disco solar, bloqueando totalmente sua Luz e causando um Eclipse Total do Sol. Se a Lua Nova ocorrer a uma distância entre 0° e 9°55’ (nove graus e cinquenta e cinco minutos) de um dos nodos, definitivamente isso será um eclipse total; se ocorrer entre 9°55’ e 11°15’ de distancia de um dos nodos, o eclipse poderá ser total ou parcial.

Eclipse Parcial do Sol – Pekka Nikula

Eclipse Parcial do Sol – como diz o nome, neste tipo de eclipse, somente uma parte do Sol é bloqueada pela Lua. Isso se dá quando o cone de sombra da Lua produz uma área menor do que o disco do Sol ou quando apenas a zona de penumbra encobre a luz do Sol sobre a Terra. Os eclipses parciais do Sol ocorrem entre 11°15 e 18°21 graus de distância dos nodos. Um eclipse acontecendo entre 9°55’ e 11°15’ de distância dos nodos poderá ser parcial ou total.




Eclipse Anular do Sol – Simon Christen
Eclipse Anular ou Anelar do Sol – este eclipse acontece quando a Lua está em seu apogeu, a maior distância em relação à Terra. No apogeu a Lua parece menor do ponto de vista geocêntrico e neste caso, seu disco não consegue bloquear ou cobrir completamente o disco do Sol, deixando um anel luminoso ao redor de si, que poderá parecer um anel de fogo. Com relação à distância dos nodos, este eclipse é um eclipse total, porque ocorre muito próximo do eixo nodal e é chamado anelar ou anular devido ao apogeu da Lua e à aparência de anel criada em função disso.

Eclipse Híbrido ou Anular-Total – o eclipse é total em uma parte do globo e anular em outros pontos.



Eclipses Lunares


Mecânica do Eclipse Lunar – Fsogumo – Wikimedia Reprodução
O eclipse lunar se dá durante uma Lua Cheia, quando a Lua está na sombra da Terra, em oposição ao Sol, ou seja a Terra está entre os dois luminares. Os eclipses lunares também podem ser de vários tipos, mas as orbes (distâncias) em relação aos nodos são muito menores. Sua classificação é feita de acordo com a parte da Lua que é obscurecida pela Terra e qual parte desta sombra terrestre está obscurecendo a Lua. A sombra projetada pela Terra é dividida entre umbra e penumbra. Na umbra não há iluminação direta do Sol, enquanto que na penumbra, apenas uma parte da luz solar é bloqueada.

Eclipse Lunar Total – Desconheço o autor. Reprodução

Eclipse Total da Lua – neste eclipse a Lua está totalmente inserida na umbra (sombra) da Terra. Costuma ocorrer entre 0° e 3°45’ de distância dos nodos. Se uma Lua Cheia acontece entre 3°45’ e 6° pode ser um eclipse total ou parcial da Lua.

Eclipse Parcial da Lua – Como o nome diz, ocorre quando o reflexo da luz solar sobre a Lua é encoberto parcialmente pela sombra da Terra, ou seja, A Lua entra na sombra da Terra sem ficar totalmente imersa nela. A distância que Sol e Lua estão dos nodos pode variar de 6° a 12°15’.

Eclipse Apulse ou Penumbral – a Lua entra somente na penumbra da Terra e não na umbra/sombra, a parte mais escura, ou seja, o alinhamento não é perfeito. Este eclipse acontece quando Sol e Lua estão a mais de 12 graus de distância dos nodos.

Representação gráfica dos vários tipos de eclipses lunares. Posição 1 – não há eclipse; posição 2 mostra um eclipse penumbral; 3 mostra um eclipse parcial; e 4 mostra um eclipse total – Fsogumo, através do wikimedia files – Reprodução

Tétrade – sequência de quatro eclipses totais da Lua. Tivemos uma Tétrade entre 2014 e 2015. O primeiro eclipse desta tétrade específica foi o de 15 de abril de 2014, o segundo foi em 08 de outubro de 2014, o terceiro ocorreu em 04 de abril de 2015 e o quarto e último ocorreu no dia 28 de setembro de 2015 (29 de setembro na Europa), todos eles no eixo Áries-Libra, o que reflete a ênfase que este eixo teve com o trânsito dos Nodos Lunares de fevereiro de 2014 a novembro de 2015. A Tétrade geralmente traz eclipses das chamadas “Luas de Sangue”, por causa da coloração vermelha que a Lua adquire durante o eclipse. Embora sejam vistos como nefastos pelos sensacionalistas de plantão, os efeitos do eclipse, como já estressamos bastante, dependerão de muitas variáveis, sendo que muitos eclipses podem ter efeitos bastante positivos.

Eclipse Total da Lua ou Lua de Sangue - Desconheço o Autor.
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